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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Rússia aprova homofobia

Matéria reproduzida da Euronews


A Duma aprovou em primeira leitura a lei anti propaganda gay.
 
Em nome da tradição e da defesa dos jovens russos foi a igreja ortodoxa russa que propôs o texto  para repressão da homossexualidade em todo o país.
 
A legislação visa impedir qualquer informação que possa ser definida como propaganda,  inclui a proibição de eventos públicos que promovam os direitos dos homossexuais. São Petersburgo e uma série de outras cidades russas já têm leis semelhantes. 
 
O Ministério da Defesa russo recomenda ao  Exército de examinarem as tatuagens de novos recrutas para verificarem “vestígios de homossexualidade“ e determinar a sua saúde mental.  
 
O investigador independente Denis Volkov, sociólogo do Centro Levada, considrera que o projeto de lei se encaixa na lógica do governo de limitar diferentes direitos civis e humanos.
 
“Ao aceitar essas leis e outras semelhantes, as leis restritivas e proibitivas, o estado tem como alvo limitar a maioria das leis progressistas da sociedade”.
  
Pela oposição a legislação anti-homossexual, faz parte de uma ofensiva do Kremlin contra as minorias de qualquer espécie – política, religiosa e sexual – e projetado para desviar a atenção pública do crescente descontentamento com o governo de Putin.


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Myrian Rios parece que não está sozinha no mundo!
Obscenatório

Uma família com moral e bons costumes


sábado, 19 de janeiro de 2013

Isso é uma família


Lei da Moral e Bons Costumes terá efetividade no carnaval

Após sancionada a Lei da Moral e dos Bons Costumes, a deputada Myrian Rios mandará todas as Escolas de Samba do Rio de Janeiro completarem as fantasias de todas as mulheres que estiverem seminuas. Seria uma forma de colocar em prática o seu moralismo cristão.

A deputada também fará a proibição de qualquer homossexual trabalhando ou desfilando na Marquês de Sapucaí, por ser contra os princípios da Moral e dos Bons Costumes.

Para resgatar os valores da família, não será permitida a entrada de crianças com pais divorciados, assim como será proibido curtir a folia na pegação. Estará cometendo um crime aquele(a) que sair beijando várias bocas.

A Lei, que já está valendo no Estado do Rio de Janeiro, poderá mudar completamente a forma como os cariocas curtem o carnaval.

Myrian Rios, uma deputada contra a violência?

Em resposta às críticas levantadas por diversos blogs, inclusive o Obscenatório, a deputada Myrian Rios disse que seu intuito é diminuir a violência no Rio de Janeiro.

O Obscenatório gostaria muito que Myrian Rios explicasse como ela pretende combater a violência contra homossexuais, por exemplo. Como já mostrado em outra matéria (Quem disse que não existe mais homofobia?), o aumento crescente no número de crimes contra homossexuais é preocupante, e coloca o Brasil no topo da lista dos países com o maior número de assassinatos de homossexuais, transexuais, travestis etc. Por que a deputada Myrian Rios não fortaleceu ainda mais a Lei contra crimes homofóbicos? Talvez porque ela não goste de gays, talvez porque ela seja contra a homossexualidade, por não achar correto, por não achar um valor de bem.

É claro que as pessoas mudam, que muitas coisas que elas fizeram no passado devem ser vistas com outros olhares no presente. Mas isso não seria justamente um motivo para Myrian Rios evitar de falar asneira e, até mesmo, defender valores progressistas? Na verdade, posar nua talvez tenha sido um ato muito mais honroso do que agir com princípios conservadores. Mas, se repararmos bem, ela já tinha um "Q", ou melhor, um "C" de conservador naquela época, sobretudo quando posou nua. Afinal, não seria um incentivo à pedofilia posar com chuquinhas lembrando uma ninfetinha?




sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Mamilos são mais polêmicos que corrupção?

Chamam este blog de obsceno, pornográfico, imoral, e já até foi censurado no wordpress. Por que a nudez, por que os peitinhos, por que o pênis e a vagina, por que o sexo, por que tudo isto é tido como obsceno?

Mas quem tem a coragem de chamar de obscena a corrupção no Brasil?

A justiça da Ilha de Jersey, um local considerado paraíso fiscal, ordenou a devolução do dinheiro desviado de obras públicas durante a gestão de Paulo Maluf. Mas quem tem a coragem de tachá-lo de obsceno?

Por que ninguém censura a corrupção? Por que ninguém censura a violência? Por que ninguém censura a miséria?

Definitivamente não é de moral e bons costumes que estamos precisando.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Nem toda nudez tem apelo sexual



Texto: Alex Castro

Colaboração para o Obscenatório: Thiago Ricardo

Pelas duas primeiras semanas de novembro, o Projeto Nu estará no Brasil, fotografando a nudez de nossas mulheres.



O direito à nudez


O inglês Stephen Gough, conhecido como "o andarilho nu“, passou grande parte dos últimos seis anos preso. Seu crime: andar nu pelo Reino Unido.

As autoridades dizem não querer prendê-lo, mas Stephen tira as roupas "assim que é solto", e acaba sendo preso de novo. Mesmo dentro da cadeia, ele se recusa a usar roupas e tem que ficar isolado dos outros prisioneiros.





Para Stephen, a questão é simples: ele considera que andar nu em público é uma liberdade fundamental. Que é um aspecto da sua individualidade. Que não é racional agir como se o corpo humano fosse ofensivo.

Outros argumentam que os direitos de Stephen terminam onde começam os direitos dos outros de não serem “perturbados” ou “alarmados” por sua nudez.

Mas será que a nudez de um homem andando na dele deveria mesmo ser alarmante e perturbadora?



A obscenidade da nudez pública

Em São Francisco, na Califórnia, a lei proíbe apenas “comportamento obsceno” e não a nudez pública. Ou seja, balançar o pau e gritar “olha minha trolha!!” não pode. Simplesmente andar pelado pela cidade, pode. Hoje, a nudez pública só é proibida em três lugares: nos restaurantes, nos parques e no porto.

Ano passado, um supervisor municipal conseguiu passar uma lei restringindo a prática: agora, para usar cadeiras ou bancos públicos, os nudistas precisam sentar em uma toalhinha ou jornal.

(Essa nova regra não faz sentido pra mim. Do ponto de vista do nudista, posso até me imaginar andando nu pela rua… mas sentando nu em um banco de praça? Caralho! E, do ponto de vista da cidade, você confiaria na higiene de uma toalhinha trazida por um cara tão pouco preocupado com sua higiene pessoal que sentaria nu em um banco de praça? A toalha deve estar muito mais nojenta que a bunda dele.)


Leia o texto na íntegra: Papo deHomem


: postagem recuperada do antigo blog obscenatorio.wordpress.com


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Política e Pornografia

Esse texto poderia ser a parte 4 dos pleonasmos, na sequência dos anteriores, porém, há uma diferença na proposta de discutir política e pornografia.

Não preciso me aprofundar muito ao esclarecer que, para a maioria das pessoas, política é sinônimo de corrupção, picaretagem, populismo etc, enquanto vai além do que muitos podem imagina, pois está presente a todo momento em nossas vidas, enquanto comemos (há quem não tenha o que comer), quando viajamos (os lugares por que passamos, qual meio de transporte utilizamos...), como dormimos (há quem não tenha onde dormir adequadamente), e até no sexo. Já a pornografia, é unânime o seu significado relacionado ao sexo explícito, ao que é tido como atentado ao pudor, contrário à moral e aos bons costumes. Mas, pergunto: o que é mais imoral que a fome, a ganância, a violência, a exploração? É neste sentido que pretendo aqui falar um pouco a respeito da arte erótica e seu papel político.

Equivocadamente as pessoas entendem que a literatura erótica tem como função primordial excitar o leitor. Esse pode ser um elemento presente em uma obra, mas não obrigatório. Parece estranho, mas já é uma verdade ao entendermos que o que é excitante para uns pode não ser para outros. Imaginemos, por exemplo, os tradicionais filmes pornôs. Nele há uma explícita imagética do desejo masculino, onde o feminino é mero objeto e não tem voz, não é capaz de exprimir seus anseios e ver saciado o seu prazer. Há um machismo presente na maioria dos filmes pornográficos, e aqui creio caber muito bem o nome 'pornográfico". Mas voltando a questão da excitação como sendo ou não sendo o objeto principal da literatura erótica, avalio algumas obras que tiveram como foco assuntos políticos. Cito, primeiramente, "As Mamas de Tirésia" e "As Façanhas de um Jovem Don Juan", de Apollinaire. Mais evidente ainda na segunda obra, o autor expõe sua preocupação nacionalista, em uma época de guerras, em que muitos homens eram mortos, a necessidade do incentivo do pais na geração de filhos, pois um país mergulhado no terror da guerra, com mulheres sem maridos e uma crescente redução da população masculina,  precisava ter uma política em que houvesse um descontrole de natalidade. Contudo, uma leitura superficial, classificaria as obras como textos eróticos com a finalidade da excitação. Pietro Arentino, um clássico da literatura erótica, teve como objetivo principal em seu trabalho, a crítica política e social da sociedade de sua época. Marques de Sade, que teve o termo sadismo originado do seu nome, porém uma origem errônea, por falta de entendimento de sua obra, pois, como alguns críticos afirmam, o trabalho de Sade foi mais filosófico do que literário, trazendo um crítica moral aos hábitos luxuriosos da nobreza e do clero. E como não citar as mulheres atuando em um papel principal, não como personagem de histórias, mas como autoras de obras que incentivaram as mulheres ao seu papel ativo na sociedade. Uma mulher que escrevia simplesmente não era lida. Usavam então pseudônimos masculinos (até há pouco tempo mesmo homens tinham de usar pseudônimos para publicar obras eróticas). John Stuart Mill, escritor e filósofo liberal, escreveu o livro "A Sujeição das Mulheres", em que atacou o pensamento machista que afirmava que as mulheres eram naturalmente incapazes de realizar certas atividades. Mas, é na obra de uma mulher que o movimento feminista vai se inspirar: "O Segundo Sexo", de Simone de Beauvoir. Na literatura, uma das mais famosas escritoras que espalhou ao mundo másculo e bélico a sexualidade feminina foi Anais Nin, deixando claro que mulher também queria fuder. Alguns aspectos são muito importantes em sua obra: tanto a linguagem utilizada, muitas vezes considerada de baixo calão pelos moralistas, como suas histórias que ainda hoje fazem as pessoas ficarem boquiabertas.

No cinema, considero Tinto Brass o melhor cineasta na temática erótica. Foi capaz de fazer filmes com cenas de sexo absurdamente explícitas, às vezes mais fortes que em muitos filmes pornôs, mas deixando por trás de toda essa orgia o questionamento político. Mas a ignorância e hipocrisia da nossa sociedade ainda coloca a mulher como um objeto, ainda rejeita a sua sexualidade. Numa sociedade, como a brasileira, onde juízes, senadores, deputados, desembargadores etc., fazem suas orgias (sexuais e corruptas) dentro dos órgãos públicos, mulheres, como a advogada Denise Rocha (exonerada do seu cargo de assessora do senador Ciro Nogueira, que a demitiu após surgir na internet um vídeo em que ela fazia sexo) , são chamadas de putas.

Abaixo, reescrevo uma parte da entrevista de Erika Lust para a Revista Marie Claire, cientista social e produtora de filme pornô cujo público alvo é a mulher, questionando a tradição de filmes produzidos para os homens:

Marie Claire – Você estudou ciência política na Universidade de Lund. Existe alguma relação entre o que você aprendeu na academia e seu trabalho atual?
Erika Lust - Total! É triste dizer, mas o sexo ainda é um assunto muito político: tanto quando falamos sobre as leis que regulam a produção e o consumo de pornografia, quanto na negociação dos assuntos públicos com a vida privada. Às vezes me sinto como um político quando eu estou representando uma pornografia alternativa, e espalhar uma mensagem feminina positiva da sexualidade, só porque eu estou mantendo uma imagem pública e tomando parte em um discurso social. Meu curso certamente me ensinou muito sobre a negociação, o pensamento crítico, e a relação entre governo e sociedade. Mas foi meu foco especial em feminismo que influenciou minha visão de mundo e, mais tarde, a direção que o meu cinema tomaria.

MC – E quanto às mulheres que gostam de sexo anal?
EL - Eu tenho evitado usar cenas de sexo anal, não só pelo fato de que mulheres não gostam (até porque, certamente, existem mulheres que apreciam) mas por ser algo obrigatório na indústria pornográfica convencional. Ao apelar para um público que quer algo diferente do que havia em pornografia até então, eu tento criar novas cenas e diferentes formas de sexualidade.



: postagem recuperada do antigo blog obscenatorio.wordpress.com