Matéria reproduzida do site da ONU Brasil.
O relatório do Dia Mundial da AIDS Resultados,
publicado hoje (20) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids
(UNAIDS, mostra que a aceleração sem
precedentes na luta contra a AIDS está produzindo resultados. O documento revela
que uma redução de mais de 50% na taxa de novas infecções por HIV foi alcançada em 25 países de baixa
e média renda – mais da metade na África, a região mais afetada pelo HIV.
Em alguns dos países com maior prevalência de HIV no mundo,
as taxas de novas infecções pelo HIV foram reduzidas drasticamente desde 2001;
73% no Malaui, 71% em Botsuana, 68% na Namíbia, 58% em Zâmbia, 50% no Zimbábue
e 41% na África do Sul e Suazilândia. Além disso, a África Subsaariana também
reduziu as mortes relacionadas à AIDS em um terço nos últimos seis anos e
aumentou o número de pessoas em tratamento antirretroviral em 59% nos últimos
dois anos.
“O ritmo do progresso é acelerado, o
que costumava levar uma década agora está sendo alcançado em 24 meses”, disse o
Diretor Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé. “Esta é a prova de que com vontade
política podemos alcançar nossos objetivos compartilhados em 2015″.
Novas infecções em crianças
diminuem
A área onde talvez mais progresso esteja sendo feito é na
redução de novas infecções por HIV em crianças. Metade das reduções globais de
novas infecções pelo HIV nos últimos dois anos tem sido entre as crianças
recém-nascidas. “Está ficando evidente que a obtenção de zero novas infecções
por HIV em crianças é possível”, disse Sidibé. “Estamos passando do desespero
para a esperança”.
Nos últimos dois anos, as novas infecções por HIV em
crianças diminuíram 24%. Em seis países – Burundi, Quênia, Namíbia, África do
Sul, Togo e Zâmbia – o número de crianças infectadas com o HIV caiu em pelo
menos 40% entre 2009 e 2011.
1000 dias para o prazo final
Estima-se que 6,8 milhões de pessoas ainda não tenham acesso
ao tratamento antirretroviral. O UNAIDS também estima que um adicional de
quatro milhões de casais discordantes (quando um dos parceiros está vivendo com
HIV) se beneficiaria de tratamento do HIV para proteger um dos parceiros contra
a infecção pelo HIV.
Dos 34 milhões de pessoas que vivem com HIV, cerca de metade
não conhece o seu estado sorológico. O relatório afirma que, se mais pessoas
soubessem o seu estado, elas poderiam solicitar atendimento. Além disso, há uma
necessidade urgente de melhorar as taxas dos tratamentos de HIV para reduzir o
custo do tratamento de segunda e terceira linha, e explorar novas formas de
expandir e sustentar o acesso ao tratamento, incluindo a produção nacional de
medicamentos e de financiamento inovador.
Apesar dos progressos, o número total de novas infecções
pelo HIV continua elevado: 2,5 milhões em 2011. O relatório destaca que para
reduzir novas infecções por HIV os serviços de prevenção do HIV precisam ser
combinados e realizados em escala mundial. Por exemplo, a ampliação da
circuncisão médica masculina voluntária tem o potencial de prevenir uma em cada
cinco novas infecções por HIV na África Oriental e do Sul até 2025.
O relatório mostra que o HIV continua a ter um impacto desproporcional
sobre trabalhadores do sexo, homens que fazem sexo com homens e usuários de
drogas injetáveis. Programas de prevenção e tratamento do HIV estão fracassando
ao não atingir essas populações-chave.
: postagem recuperada do antigo blog obscenatorio.wordpress.com
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