terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Travestis e transexuais agora têm direito ao cartão SUS com nome social



 Matéria reproduzida de Agência AIDS


Em evento realizado nesta segunda-feira, 28 de janeiro, com lideranças transexuais e travestis do movimento social no Ministério da Saúde, o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Luiz Odorico, anunciou o cartão SUS com o nome social das travestis e transexuais. Reconhecendo, assim, a legitimidade da identidade de gênero dessa população.


Para Fernanda Bevenutty, primeira travesti Conselheira Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, o nome social no SUS não é porque as travestis e transexuais querem usar um nome feminino, mas uma questão de saúde pública. “É esse nome que irá permitir que nós possamos ir aos postos de saúde sem vergonha e sermos bem atendidas”, comenta. 



Para Dirceu Greco, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, “essa conquista, que teve participação do movimento social, contribui para a redução do estigma, preconceito, violência e discriminação que sofrem travestis e transexuais em nosso país, além de promover o acesso à saúde de acordo com os preceitos de humanização do SUS”, disse.



Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, lançou em conjunto com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a campanha de combate à violência contra travestis e transexuais por meio do “Disque 100”. O coordenador geral de Promoção dos Direitos LGBT e representante da Secretaria de Direitos Humanos, Gustavo Bernardes, mencionou a necessidade de todo o governo federal se empenhar na inserção de travestis e transexuais em suas políticas públicas. 



O cartaz, protagonizado pela travesti Ivana Spears, traz a frase: Travesti que se cuida, denuncia”, incentivando o uso do “Disque 100”. A ideia é promover o direito das travestis de serem respeitadas, terem acesso digno nos serviços de saúde e divulgar a estratégia de testagem do Fique Sabendo para aids, sífilis e hepatites virais.



Para o secretário Jarbas Barbosa, o respeito à diversidade deve permear todas as ações, em todas as esferas de políticas públicas, para que as futuras gerações cresçam em uma sociedade mais inclusiva, com menos discriminação e mais justa. “As travestis e transexuais são as que mais sofrem preconceito e este é dos principais fatores que as tornam vulneráveis à infecção das DST, HIV/aids e hepatites virais. A violência cotidiana a que estão sujeitas é o retrato de uma sociedade que não respeita a diversidade”, afirmou.



O evento fez parte da comemoração do Dia da Visibilidade Trans, celebrado nacionalmente no dia 29 de janeiro. No início do encontro também foi realizado um minuto de silêncio em respeito às vitimas da tragédia de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.



Redação da Agência de Notícias da Aids com informações do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

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